A difícil missão de ser mulher

Em uma pesquisa divulgada recentemente, o Brasil ficou como um dos piores países para ser mulher, ficando próximo de países como Guatemala, Nova Guinea, Sudão e Burundi. Essa pesquisa foi realizada pela Ong Save the children .

Os problemas no país começam na adolescência com baixo índice de formação no ensino fundamental, muitas vezes provocado pela gravidez precoce, falta de informação e acesso a saúde e também ausência de inspirações no país para que elas se sintam motivadas a ir melhor nos estudos que é a base para um futuro, caminhando para ser melhor. Não se trata somente de um nível de educação esdruxula que o país tem, mas também deve partir do esforço das crianças querer ser melhor.

Na rua da minha casa tem um colégio de ensino fundamental e eu observo o comportamento das meninas de hoje. Por conta até da internet hoje se tem acesso a todo tipo de informação, inclusive sexual, o que nos leva a sexualidade precoce, disputa por meninos, por chamar atenção, ser alvo de atenção.

E essa deficiência de uma conversa informativa muitas vezes vem dos pais. Eu sinto que os pais são tão distantes da vida dos filhos que eles acham que podem fazer tudo com 15 anos. Os pais devem ser confiáveis e abertos para todo tipo de conversa e orientação.

Infelizmente a sexualidade é explorada descaradamente na televisão, internet, revistas e qualquer meio de comunicação. Isso de certa forma incentiva algumas meninas a tomar tal atitude para fazer parte de um grupo. Ou acaba ficando sozinha, a nerd.

Pelo menos nossa cultura não tem casamentos arranjados ou casamentos ainda crianças como em outros países, coisas que a ONG está tentando mudar o cenário. Dá uma dor no coração ver uma menina de 6 anos, casada com um homem de 30 anos. Que perspectiva tem essa criança, qual futuro? 

É muito triste.

E além dos muitos problemas que o país enfrenta, é gritante é a exploração sexual na região do nordeste e norte, descarada, meninas, crianças se prostituindo para conseguir algum dinheiro de turistas que vem para o Brasil atraídos pelo “país do carnaval”. Imagino que no exterior veem as brasileiras como índias sem roupas andando nas ruas.

O país precisa dar mais oportunidades para as mulheres na carreira, participação em atos e decisões civis. Precisamos ter voz e mostrar que somos capazes de muito mais. E quem sabe nossas crianças do futuro terão alguém em quem se inspirar.

Eu já senti que minha educação foi rígida, a nerd sem grupo que ficava isolada, mas hoje sei o quão importante foi para me tornar quem sou hoje. E posso me dar ao luxo de ser o que quiser, menos um objeto.


Nós, a sociedade, temos de mudar esse cenário e lutar pela igualdade de direitos. Podemos ter um futuro melhor começando hoje.

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